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Ano 1

Professora Ana Claudia Maia Braga

Artigos - Membros

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Lixo e Globalização: Qual é o papel do historiador

na Educação ambiental voltada a formação da cidadania

Palavras-chave: Lixo; Educação ambiental e Função Social do historiador.

INTRODUÇÃO

Meio ambiente é a base natural sobre a qual as sociedades humanas se estruturam. O ar, a água, o solo, a flora e a fauna formam a sustentação física, química e biológica para que as civilizações humanas possam existir no planeta. Ao longo dos diferentes estágios de sua história, essas civilizações foram modificando o meio ambiente.

 

Elas alimentaram-se de outras espécies, domesticaram plantas e animais, modificaram a natureza para garantir a existência de seus indivíduos e reprodução de sua organização social. As diversas civilizações se sucederam até os tempos modernos, apresentaram diferentes graus de apropriação/relação com o meio ambiente e recursos naturais, artificializando-os em maior ou menor extensão.

 

E foi com o desenvolvimento do capitalismo que houve a apropriação privada da terra, da água e dos recursos naturais, com o propósito de transformá-los em mercadoria (ou em produtores de mercadoria) e usá-los como fatores geradores de lucros, rendas e capital (quer em termos de máquinas, edifícios, construções, quer em termos de manutenção do capital humano). A produção excessiva do lixo é uma característica natural da sociedade de consumo estabelecida com a consolidação do fenômeno da globalização; as pessoas passam a gerar mais lixo devido ao consumismo, já que a prioridade para esse século XXI não é acumular bens, mas usá-los e descarta-los em seguida, a fim de abrir espaço para as novidades mercadológicas.

 

A vida consumista baseada na velocidade e na busca por novidades gera rotatividade dos produtos, sendo necessário o descarte constante dos resíduos. As pessoas ainda hoje em pleno séc. XXI têm uma idéia errônea de que lixo é algo que não se pode ser aproveitado e essa é uma idéia insustentável do ponto de vista ambiental.

 

Hoje, a quantidade de matérias-primas, madeiras, metais, petróleo e outros produtos naturais, e de energia que é consumida no processo de descartabilidade chega a índices absurdos. O mesmo se pode dizer  da quantidade de lixo, de fumaça e de esgotos gerados. Conseqüentemente, as reservas de matéria-prima e de energia se esgotam. Os locais para depósito de lixo já não existem. Os rios, o ar e o solo estão sendo cada vez mais poluídos e envenenados.

 

Sendo assim a Educação Ambiental é um dos instrumentos mais importantes para promover a mudança necessária nos cidadãos. A conscientização pública é educativa e a educação ambiental é um importante instrumento da conscientização pública. Trata-se de um processo que passa pela educação escolar, pela educação comunitária e pela educação de coletividades ou de massas. A Educação Ambiental tem como característica principal o seu caráter contínuo, num processo pedagógico que garanta a revisão de valores e comportamentos para a transformação social necessária. Devem ser estruturados projetos para atuar com cada segmento da sociedade, de acordo com suas características. O processo educativo deve atingir toda a sociedade. A abordagem educativa deve chamar a atenção para a necessidade da redução da geração de resíduos como forma de economizar o planeta. É importante também incluir o apelo à solidariedade social, demonstrando que, como há muito desperdício por um lado, há os que ficam na miséria do outro.

Função Social do historiador

 

A sociedade atual encontra-se em profunda crise que nos remete a pensar nossos valores e atitudes. Nesse contexto incerto, o papel do professor é fundamental, por isso novos recursos e atitudes didático-pedagógicos necessitam ser pensados. O professor pode de História ascender à sociedade usando o ensino como instrumento de luta e transformação social, levando os alunos a uma consciência crítica que supere o senso comum para que possam não somente ver os acontecimentos, mas enxergá-los de maneira mais crítica e reflexiva.


Nessa perspectiva, entende-se que as crianças, de posse de um saber mais elaborado, poderão ter condições de se protegerem contra a opressão e a exploração das classes dominantes, organizando-se para a construção de uma sociedade melhor, menos excludente e realmente democrática.


Não se pode esperar que uma sociedade mais justa brote naturalmente, mas por meio da educação que caminhe com a prática política do povo. Sendo assim, o professor-historiador assume um papel, sobretudo político e social. Professores e professoras precisam encorajar-se social e politicamente, percebendo as possibilidades da ação social e cultural, na luta pela transformação das estruturas opressivas da sociedade brasileira. Para isso, é necessário que conheçam a sociedade em que vivem e atuam em nível social, econômico e cultural de seus alunos e alunas.


Os professores de História, principais sujeitos informantes deste trabalho, devem trabalhar a partir da consciência de que não há conhecimento absoluto, pois tudo está em constante transformação. Dessa forma não há saber nem ignorância absoluta, e sim uma relativização do saber ou da ignorância. Por isso, os professores não podem se colocar na posição de seres superiores, que transmitem o conhecimento a um grupo de ignorantes, mas sim adotar uma postura humilde, daqueles que comunicam um saber relativo a outros que são portadores de outros saberes relativos. Outra convicção a que os professores não podem se furtar é a de não se confundir informação com educação, pois para transmitir informação estão à mão jornais e revistas, televisão e internet.
Costumeiramente credenciamos características próprias de determinado profissional quanto a sua conduta e responsabilidade social. Como profissional da educação, quero estabelecer um debate acerca de aspectos que considero essenciais para o professor de História: o comprometimento com a educação, a prática da leitura e da escrita.


O educador-historiador trás consigo um grande número de responsabilidades diante de uma educação de qualidade, muito mais libertária e crítica, do que de conteúdo e disciplinadora. Um ensino que coloca os alunos diante de mestres mal preparados leva à submissão e à diminuição da liberdade de agir e pensar por si mesmo. Ou seja, a “grande arma” do educador-historiador é desenvolver nos estudantes o pensamento crítico e a capacidade de reagir diante das contradições da sociedade em que vivemos.
No entanto, essa proposta educativa não será possível se o professor de história não estiver imbuído do espírito da leitura e da escrita. Ele estará sendo hipócrita, enganando a si e ao corpo discente, exigindo que os mesmos leiam e escrevam, sendo que ele próprio não os faz pratica.

 

O profissional da História precisa indicar e citar livros, autores, confeccionar textos transpostos didaticamente a partir de suas experiências próprias. Ação essa que certamente irá estimular os alunos alimentará a auto-estima e a confiança do professor, além de tornar a atividade profissional dinâmica e empolgante.


A formação do educador-historiador não se restringe apenas à sua área de atuação, abrangem também campos diversos do conhecimento como Sociologia, Filosofia, Ciências Sociais, etc. A formação do profissional da História não deve ser considerada somente pelo curso de graduação, mas deve ser pensada de forma continuada para que ele garanta uma constante atualização teórica e prática refletindo na formação dos alunos.


Uma ótima maneira para que o profissional da educação – nesse caso específico o professor de História – tem para desenvolver seu trabalho de uma maneira mais atual, é se baseando na comunicação que deve desenvolver junto a seus alunos. A comunicação em sala de aula não deve apenas reproduzir expressões ou ideologias, mas sim técnicas que proporcionem aos alunos a possibilidade de se perceberem enquanto indivíduos pensantes capazes produzir e questionar.


É necessário que o professor-historiador conheça ao máximo a realidade de cada um de seus alunos para que possa desenvolver e utilizar ferramentas que reduzam a defasagem no aprendizado e o “abismo” que separa professores e alunos. Dentre essas ferramentas, a comunicação colabora, de forma acentuada, para que professores e alunos consigam conviver dentro da sala de aula de forma “harmônica”.

 

Durante sua formação o contato que professores de História têm com outros campos do conhecimento devem ser utilizados como instrumentos para transformar a coexistência na sala de aula em algo prazeroso.


Ensinar História é explicitar aos alunos a razão de ser de sua disciplina para responder perguntas “inocentes”. Para atender aos anseios dos alunos é necessário que professores busquem novas maneiras de lidar com a disciplina e seu ensino.


Os professores de História devem reorganizar novas maneiras de se estudar a história e ensinar, fazendo com que o aluno não complete o edifício do conhecimento como algo já pronto, mas sim ensinar-lhes a construir seu próprio edifício. O aluno ou a criança deve ser ensinado a edificar seu próprio ponto de vista, o que não significa ensinar soluções, nem significa dar explicações sobre como e por que se chegou a uma determinada conclusão.

 

Ensinar a construir o próprio ponto de vista, significa colaborar para que o aluno construa conceitos e aplique-os nas situações do cotidiano, significa ensinar a solucionar, relacionar, interpretar as informações sobre o momento estudado para se chegar a um maior nível de entendimento do mundo. Significa por fim, dar-lhes condições para que possam perceber-se o máximo possível como cidadãos detentores de direitos e deveres membros de uma sociedade. É papel social do professor de História munir os alunos de instrumentos para libertação.

Importância da Educação Ambiental para a sociedade sustentável

 

“A educação ambiental é um dos instrumentos mais importantes para promover a mudança necessária nos cidadãos, provocando o incômodo de passá-los de desconhecedores dos problemas para espectadores; de espectadores para atores e produtores das soluções; de desinteressados para comprometidos e co-responsáveis pelas ações;de responsáveis pelos problemas para parceiros das soluções;de indiferentes para apaixonados pelo tema.(...)”

 

A educação é um processo contínuo e duradouro, o processo de aprendizagem é um fator relevante na formação do sujeito e da cidadania, pois o processo de aprendizagem tem início quando o indivíduo nasce e só termina quando a vida cessa, pois a aprendizagem acontece de modo permanente durante a vida doméstica, escolar e social. Permanecendo durante todo o tempo em que à mente se mantenha ativa. Educar para a sustentabilidade e a cidadania planetária é o novo desafio da educação, a sociedade atual se ver forçada a pensar sobre a sua existência e os impactos que causa ao ambiente e, sobretudo, suas conseqüências se faz necessário discutir a educação sustentável a partir da educação para o consumo consciente, esse é o primeiro passo a sustentabilidade da sociedade como um todo.

Educação e a Sustentabilidade

Educação Ambiental é um novo conceito de educação voltada para a sustentabilidade do ambiente e da sociedade que se ver as voltas com problemas ambientais que podem ser revertidos, bem como outros que não podem mais ser modificados. Neste contexto, a mudança de hábitos e paradigmas tem a escola como principal meio de difusão para a melhoria da qualidade de vida das pessoas em geral.Ainda existe muita confusão com relação aos conceitos básicos da ecologia, por isso é preciso mostrar que ser ecológico ou estudar ecologia não precisa slogans do tipo, “salve o planeta”, “não preciso do meio ambiente quero ele inteiro”.

Com relação a educação ambiental no Brasil ainda é preciso orientações sobre a prática da educação ambiental, pois a mesma deve ser voltada para a mudança de postura, hábitos e paradigmas para a sustentabilidade ser uma realidade. Em outras palavras é preciso que uma diretriz que seja voltada para o exercício da educação ambiental na formação da cidadania. Uma possibilidade é assumir a transformação individual como meio para a sociedade brasileira atingir, ao longo de certo tempo, uma conduta ambientalmente responsável (transformar-se para transformar).

Um outro direcionamento,ao contrário do anterior,considera a transformação individual como decorrente do engajamento do sujeito num projeto coletivo para a construção de práticas sociais ambientalmente saudáveis( transformar-se transformando).Durante milhares de anos o homem fez uso dos recursos naturais de forma irresponsável, tinha-se a falsa idéia de que todos os recursos incluindo a água eram renovável e inesgotável, porém a realidade tem mostrado outras realidades muitas delas não promissora.Mas a partir da revolução industrial ocorrida no final do séc. XIX houve uma grande transformação na quantidade e na composição dos resíduos gerados pela sociedade. É possível lembrar que a destruição da natureza ou da base material da produção caracteriza a crise ecológica como uma crise de civilização.

 A problemática do lixo é uma questão urgente e essencial para a qualidade de vida no planeta. Segundo ABREU, (2001, p.18)” Do ponto de vista da degradação ambiental, o lixo representa mais do que poluição.Significa também muito desperdício de recursos naturais e energéticos”.

 

O crescimento desordenado das grandes cidades provocado pela expansão da atividade industrial ocasiona impactos ambientais seríssimos, prejudicando as condições de saúde da população urbana.  Os problemas causados pelo lixo quando descartado em local inapropriado é um fator que pode causar problemas de saúde a uma população inteira, partindo do principio que até mesmo os recursos naturais são contaminados e que o homem está localizado no topo da cadeia alimentar, isso implica que o homem é o principal agente contaminante e o principal agente sofredor das conseqüências da sua imprudência.

A idéia de preservação ambiental começou na Europa com o início das atividades industriais e os impactos causados por ela. Este cenário promoveu o surgimento da necessidade de contemplação da natureza, e o início de uma consciência ecológica que impulsionou algumas discussões de como conservar as áreas representativas da vida natural no planeta, começando pela necessidade de um consumo sustentável.

Entendemos que a Educação Ambiental decorre de uma percepção renovada de mundo; uma forma integral de ler a realidade e de atuar sobre ela. Nesse novo paradigma, a proposta educativa envolve a visão de mundo como um todo e não pode ser reduzida a apenas um departamento, uma disciplina.  A causa fundamental do problema do lixo situa-se na existência de padrões de produção e consumo não sustentáveis, o que leva ao aumento, em um ritmo sem precedentes, da quantidade e da variedade dos resíduos persistentes no meio ambiente.

A problemática do lixo é uma questão urgente e essencial para a qualidade de vida no planeta. O crescimento desordenado das grandes cidades provocado pela expansão da atividade industrial ocasiona impactos ambientais seríssimos, prejudicando as condições de saúde da população urbana.Segundo BARBOSA ( Folha de São Paulo,2011,p.A3) em seu artigo¹ele relata que”é incontestável:seja por causas naturais,seja por ação humana, o planeta Terra sofre profundas alterações e vê,como conseqüência,recair sobre si ameaças nunca antes imagináveis.”O capitalismo que é o regime de governo adotado pela grande maioria dos país em todo o mundo é a principal fonte da produção de impactos ambientais, hoje se corre sérios riscos devido a produção e o consumo de recursos naturais de modo desordenado, os pais em desenvolvimento acabam pagando com as suas riquezas naturais o luxo dos paises desenvolvidos, esse sistema é feroz e hostil.

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