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Projeto Arte Tumular

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Ano 1
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Coordenação: Diretoria IHGG - Joaquim Roberto Fagundes

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Arte Tumular: Memórias e Lembranças na Escola

Além dos cuidados de preservar um ente querido em local determinado, o cemitério extrapola suas funções espirituais e de materiais de saúde.

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Não é apenas lócus de misticismo, medo e pavor diante da morte ou das consequências de sobrevivência da alma. Ou mesmo apenas um contato oracional com aqueles que pela vida passaram.

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Para a história é acima de tudo a vivência de um passado que não o nosso. É o resquício das formas de viver, de acreditar e de um mundo de ideias convergentes e divergentes. Uma maneira de entender o cotidiano das pessoas, das suas relações sociais, e de interpretar os resultados das formas de viver do passado na atualidade. Portanto, é um patrimônio público, comum aos cidadãos, a ser preservado, para servir de leitura do passado, compreendendo o que somos.

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Desse modo, existe a necessidade de usar o cemitério como espaço público patrimonial, para aprendizado da história regional. Pelo objetivo de ensinar devidamente qual era o espirito das ideias vivenciadas no passado. Reconhecer sua potência instrumental como veículo de integração com a comunidade, sem destacar apenas a fatalidade da morte.

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Sob estes aspectos, o IHGG entende a necessidade de formular um projeto pedagógico de Arte Tumular, inserido e privilegiado nas propostas de ensino das redes municipais de Guaratinguetá e região. Convocando historiadores e outros especialistas nas áreas de preservação e das artes em geral para um diálogo multidisciplinar, objetivando instrumentalizar o processo de leitura desse patrimônio, a envolver os corpos discente, docente e a todas as comunidades. Para aprendizado e conservação do nosso patrimônio material e imaterial. A evocar e decodificar símbolos, memórias e lembranças.

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E, em 02 de abril de 2016, a entidade fez sua primeira visita ao Cemitério da Irmandade Senhor dos Passos, em Guaratinguetá, no sentido de documentar visualmente as possibilidades e as informações que darão embasamento teórico ao projeto nomeado como “Arte Tumular – Memórias e Lembranças: Pedagogia Escolar do Patrimônio Histórico”. Para todos os níveis do ensino fundamental e médio. Para aprender a história dos indivíduos e preservar a nosso memória material e imaterial.

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Com isto, a ideia será dar uma roupagem no ensino da história e valorizar a história do Vale do Paraíba, por seu patrimônio, estreitando e revigorando os diálogos e laços familiares. Da Escola para a família e desta para a comunidade.

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Visualizar que os cemitérios são produtos genuínos da história e um verdadeiro museu a céu aberto.

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Joaquim Roberto Fagundes

Cemitério Senhor dos Passos - Guaratinguetá-SP

Lócus Privilegiado do Projeto

O Local

Os Túmulos e Épocas

O Cemitério Nosso Senhor dos Passos, monumento histórico da cidade de Guaratinguetá, foi criado em 1857, como fruto das preocupações dos agentes governamentais da Província de São Paulo, no que diz respeito aos preceitos higiênicos necessários para a melhoria de vida das pessoas. 

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Nesse período, e em todo o período colonial brasileiro, os sepultamentos eram realizados dentro das igrejas ou em local denominado "adro", que era um terreno contíguo das igrejas, geralmente no fundos ou nas laterais.

 

Tal postura e prática, norteadora de categorias sociais vigentes, por espaços internos delimitados no interior das igrejas para escravos, brancos e livres, foi considerado como anti-higiência pelo contato próximo dos fiéis com sepulturas recem criadas e, assim, foi exigida a disponibilidade de áreas em separado para o sepultamento, sem que com isso deixa-se de cultuar os mortos, como sempre foi esse costume milenar. 

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Em Guaratinguetá, um dos primeiros foi justamente o Cemitério dos Passos, sob a responsabilidade da Irmandade Senhor dos Passos, em cuja área estão presentes os tumulos das principais famílias da cidade, símbolo de riqueza em períodos distintos e que se transformou em arte e linguagem que retrata a história da cidade. 

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Pela simbologia contida neles é um espaço privilegiado.

Exemplares do Século XIX

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