Em Defesa do Museu Rodrigues Alves
Realizou-se, ontem, 8 de abril, outra reunião importante do IHGG, para tratar de dois temas de interesse da comunidade. Entre eles, sobre defesa de um patrimônio público da cidade.
Foi colocado em pauta a situação atual do Museu Histórico e Pedagógico “Conselheiro Rodrigues Alves”. Fechado ao público e em estado de quase abandono. Um crime sem precedente a ferir a educação, a cultura e o turismo na região.
O pesquisador Joaquim Roberto Fagundes, que por dez anos foi funcionário da instituição, explicou, aos presentes, o histórico resultante no atual estado de descaso. Ao dar enfase no problema de natureza política iniciado em 2010 com a tentativa de municipalização do museu. Fato não resolvido entre e a Secretaria de Estado da Cultura e Prefeitura Municipal de Guaratinguetá. No qual, segundo o pesquisador, o museu foi “joguete de interesses” e “moeda de troca” para conseguir verbas para obras específicas na cidade.
A Secretaria de Estado da Cultura, disse ele, não abre mão do processo de municipalização e a prefeitura diz não ter condições de gerenciar financeiramente a instituição. O que transforma a situação num impasse que sabe-se ser apenas colocações evasivas de ambos órgãos administrativos.
Tanto um como outro poderia, se assim quisessem, tomar as rédeas e reabrir para o público. Pois durante anos o museu atendeu perfeitamente os visitantes, oferecendo-lhes atividades, sem custos muito altos. Falta de interesse político a minar um acervo que poderia ser federal, devido o titular ter sido presidente da República.
E nenhum explica a realidade da situação. Um desrespeito com a comunidade e com a cultura da região e do país.
Nessas circunstâncias, o IHGG, que já vem movendo esforços de alertar a opinião pública em defesa do museu, decidiu ampliar seus movimentos, unindo-se a entidades culturais e congeneres, no sentido de conscientizar, explicar e mobilizar a comunidade, rumo a uma defesa mais consistente desse rico patrimônio. E cobrar das autoridades um posicionamento firme e uma solução urgente.
Até a semana que vem, após reunião com a AGCTUR – Associação dos Guias do Circuito Turístico e Religioso – e o COMTUR – Conselho Municipal de Turismo – companheiras e também promotoras dessa jornada, serão divulgadas e colocadas em prática as principais estratégias de ação, no sentido de cobrar e envolver os setores da educação e cultura no município.
Não se pode deixar que o poder público faça e desfaça de bens que o público é soberano.